Reforma Tributária: Efeitos e tendências para as empresas

É essencial que as empresas se preparem para lidar com essas mudanças, buscando apoio de profissionais especializados.

Bel. Marcos Paradeda

A tributação no Brasil é um dos assuntos mais debatidos entre os empresários e especialistas da área contábil, fiscal e judicial. Muitas empresas, principalmente as de pequeno e médio porte, enfrentam um dos maiores desafios do mercado: o pagamento excessivo de impostos. Através de diversas análises, inclusive já divulgadas em diversos veículos de comunicação, como Forbes, Estadão, Valor Econômico e outros, estima-se que mais de 90% das empresas no país acabam pagando impostos a mais do que o necessário, um reflexo da complexidade do sistema tributário brasileiro e da falta de conhecimento adequado sobre como otimizar esses tributos.

O atual sistema tributário brasileiro é conhecido por sua complexidade e pela alta carga tributária. Para muitas empresas, essa complexidade leva ao pagamento indevido de impostos, muitas vezes por não conseguirem identificar créditos tributários passíveis de recuperação ou por não entenderem como otimizar sua estrutura tributária. Esse pagamento excessivo de tributos pode ter um impacto significativo na saúde financeira da empresa, prejudicando diretamente sua competitividade e crescimento.

Além disso, a burocracia envolvida na gestão tributária faz com que muitas empresas não consigam fazer a recuperação desses valores pagos a mais de forma eficaz. No entanto, com o aumento da conscientização sobre a possibilidade de recuperação de créditos tributários, muitas empresas têm buscado ajuda especializada para reverter esse cenário, ajustando suas operações fiscais e contábeis.

Com a implementação da Reforma Tributária, uma das principais mudanças é a simplificação das regras fiscais e tributárias, o que deverá facilitar a recuperação de créditos tributários pelas empresas. No entanto, apesar da expectativa de maior transparência e eficiência no processo, há questões que podem gerar desafios para as empresas no curto e médio prazo.

Uma das novidades previstas pela reforma, caso a compensação de tributos pagos a mais não seja possível de ser realizada, é que o contribuinte poderá solicitar o ressarcimento em espécie. No entanto, este processo será mais demorado do que muitos empresários esperam. O ressarcimento será efetuado em até 240 parcelas mensais, o que pode significar uma longa espera para as empresas que buscam recuperar valores significativos pagos a mais.

Além disso, para créditos relacionados ao ativo permanente, a compensação será realizada de forma parcelada ao longo de 48 meses, o que também pode impactar a liquidez e o fluxo de caixa das empresas. Para os demais casos, o prazo de compensação será de 20 anos, o que se configura como uma espera considerável para a devolução dos valores.

Esse alongamento dos prazos de compensação e ressarcimento pode gerar incertezas e dificuldades financeiras para muitas empresas, principalmente aquelas que dependem da recuperação desses créditos para se manterem competitivas no mercado. Isso ocorre porque os valores pagos a mais em impostos poderiam ter sido direcionados para outras áreas essenciais, como publicidade, contratações ou ampliações dentro das empresas, contribuindo para o seu crescimento e inovação

Embora a reforma tenha o objetivo de simplificar e modernizar o sistema tributário, a transição para as novas regras poderá representar um desafio significativo, uma vez que muitos empresários precisarão se adaptar a esse novo cenário e aguardar longos períodos para ver os resultados financeiros diretamente.

Portanto, é essencial que as empresas se preparem para lidar com essas mudanças, buscando apoio de profissionais especializados para garantir a eficiência em seus planejamentos fiscais, contábeis e financeiros.